FINADOS
– O CUIDADO DEVIDO AOS MORTOS
No
dia 02 de Novembro a Igreja guarda o dia de Finados.
Um
dia reservado para nós católicos lembrarmos de nossos entes queridos e rezarmos
por eles.
Este
é um hábito cristão que vem desde a Igreja primitiva, ou seja, a Igreja que
começou com os apóstolos de Jesus. Na segunda carta a Timóteo, São Paulo
Apóstolo faz uma oração por um irmão falecido. Muitos outros santos da Igreja,
desde os primeiros séculos, também rezam pelos seus mortos. Santo Agostinho, no
ano 421, escreve um tratado: “De Cura pro Mortuis Gerenda” (O cuidado devido
aos mortos).
Até
no antigo testamento encontramos a oração de Judas Macabeu, pedindo a Deus misericórdia
pelos pecados dos irmãos que morreram.
O
nobre Judas falou à multidão, exortando-a a evitar qualquer transgressão, ao
ver diante dos olhos o mal que havia sucedido aos que foram mortos por causa
dos pecados. Em seguida, fez uma coleta, enviando a Jerusalém cerca de dez mil
dracmas, para que se oferecesse um sacrifício pelos pecados: belo e santo modo de agir, decorrente de
sua crença na ressurreição, porque, se ele não julgasse que os mortos
ressuscitariam, teria sido vão e supérfluo rezar por eles. Mas, se ele
acreditava que uma bela recompensa aguarda os que morrem piedosamente, era esse um bom e religioso pensamento;
eis por que ele pediu um sacrifício expiatório para que os mortos fossem livres
de suas faltas. (II Macabeus 12, 42b-46)
É
porque cremos na ressurreição dos mortos que rezamos por eles.
Se
trouxermos no coração a esperança de que encontraremos um dia no céu as pessoas
que amamos nesta terra, certamente o céu será para nós um lugar com muitos
conhecidos. Não é verdade que é muito bom quando vamos para uma festa ou um
evento onde conhecemos muitas pessoas? Não ficamos deslocados, ao contrário,
nos enturmamos fácil.
Assim
será o céu para nós, um estado de vida agradável, uma alegria e paz que não
terá mais fim, um regozijo eterno da alma.
Que
Deus nos conceda a graça de orarmos pelos nossos falecidos, não apenas no dia
dos finados, (que é muito importante), mas sempre, por causa da certeza da
ressurreição.
Lembrai-vos,
ó Pai, dos vossos filhos!
RICARDO ANDREJUK